Desde a posse, em Janeiro de 2019, estamos assistindo o presidente do Brasil dizer e fazer absurdos. Sobre o fazer absurdos, nada de novo debaixo do sol. Trata-se de um projeto de desmonte do país, prá atender interesses das grandes potências mundiais. Daí a veneração pelos Estados Unidos e Trump, seu esdrúxulo presidente.
Em relação a dizer absurdos, esse último episódio do presidente brasileiro com o presidente francês me colocou prá pensar nos absurdos que ele tem dito e a repercussão disso. Tem aqueles que criticam, aqueles que riem sobre o que ele fala, aqueles que ignoram, aqueles que dizem que não foi isso que ele quis dizer e por fim, aqueles que dizem que ele está certo, que é isso mesmo, que ele fala o que todo mundo quer falar.
Esse último grupo me assustava. Sim, no passado. Assustava. Não me assusta mais. São proporcionalmente poucos e que se apegam a uma figura lendária (a própria mula sem cabeça) como porta voz de sua falta de trato social. São aquelas pessoas das quais, de forma geral, os outros se envergonham.
Temos um presidente que não sabe estar em sociedade. Não que essa sociedade seja boa. Mas para se alterar alguma coisa nela, precisamos minimamente dialogar, mesmo que seja prá combinar a revolução. O presidente do Brasil ou vocifera absurdos ou utiliza um arremedo de sarcasmo prá encobrir a sua falta de compreensão sobre o lugar que ocupa. Parece que na sua parca compreensão, ser presidente do país é um jeito de ajeitar as coisas pros filhos e fazer “fusquinha” pro PT. Que pena.
Algum problema em ser direto na fala? Nenhum. Mas ele não é direto na fala, ele é estúpido. Algum problema em usar um tom agressivo? Não. Mas nem esse tom agressivo, que em alguns espaços talvez seja importante, ele consegue usar. Algum problema com o sarcasmo? Evidente que não. As vezes é necessário. Mas ele também não consegue ser sarcástico.
E aí, como presidente do país, tá se esgotando o “sucesso” do tom adotado na campanha. Não é só porque lá fora do país está todo mundo dizendo isso. É aqui mesmo. Temos um presidente que a cada dia que passa mostra a seus eleitores que eles não tem do que se orgulhar dele.
Existem muitas pessoas sábias nesse país. Elas estão em todos os lugares, especialmente trabalhando nas fábricas, nos campos, no comércio. Elas podem não saber escrever, mas sabem conviver com pessoas. Por vezes, elas não sabem ler, mas aprenderam a ser gente no trato com as demais. É particularmente à essas pessoas que esse presidente ofende com sua ignorância. Porque ele, mesmo tendo todas as chances do mundo de se melhorar, opta por reforçar um lado escroto, mal educado, grosseiro, estúpido.
Ele parece querer celebrar a ignorância. Parece achar que “é bonito ser feio”. E quando faz isso, está dizendo para seus eleitores que é assim que ele os vê: mal educados, grosseiros, estúpidos, ignorantes. Ele acha que representa um grupo de pessoas. E que prá essas pessoas ele tem que ser assim. Porque elas se reconhecem nele. Eu me pergunto: Será?
Penso que, felizmente, são poucas as pessoas que querem ser assim. Eu diria que elas são bem menos do que os 57 milhões de votos que ele teve. Bem menos. Muito menos.
Esperemos.