O que faz um/uma assistente social?

Como assistente social e professora de curso de graduação em Serviço Social, vez ou outra discentes me questionam: O que faz um/uma assistente social? Como responder essa pergunta, feita quase sempre que elas/eles dizem que estão cursando Serviço Social, que serão assistentes sociais.

Elas e eles destacam que sabem todo o arcabouço teórico, sabem do trabalho em relação às expressões da questão social, do modo de produção capitalista, da divisão sociotécnica do trabalho.  Mas como falar disso de forma simples?

Apontam também que sabem dizer sobre os espaços onde o/a assistente social atua, como CRAS, CREAS, Hospitais, UBS, ONGS, Judiciário e assim por diante. Sabem dizer quais as ações que o/a profissional faz nesses espaços, tais como reuniões, entrevistas,  acolhimento, encaminhamento, visitas domiciliares, relatórios, laudos. Mas parece que falta alguma coisa.

Afinal de contas… o que faz um/uma assistente social?

A/O assistente social é um profissional que trabalha para garantir direitos. Temos uma definição simples, rápida e que dá conta de resumir (ainda que resumos nem sempre sejam bons) o trabalho profissional.

Mas então esse profissional é parecido com o advogado? Não não! São dimensões diferentes. O/A advogado/a trabalha buscando fazer cumprir direitos a partir do sistema judiciário, ou seja, através de processos, sentenças, juiz e assim por diante.  O/A assistente social trabalha buscando assegurar direitos no âmbito coletivo, social. O assistente social trabalha para que existam direitos, para que os direitos sejam reconhecidos legal, social e politicamente. Por isso, nessa profissão é tão importante conhecer os movimentos sociais, as políticas sociais, as organizações populares. O/A assistente social está sempre nas movimentações e organizações para garantia de direitos e não é porque são profissionais “militantes”. É porque sem direitos, o trabalho profissional fica sem base de sustentação. A partir desse panorama, fica evidente a distinção entre serviço social e ajuda ou caridade. A ajuda é feita de forma espontânea por alguém que se sente comovido em relação a situação de outrem. O Serviço Social trabalha com a perspectiva de que as pessoas têm direitos e que é dever da sociedade garantir esses direitos. Portanto, não precisa ser “boazinha/bonzinho” pra ser assistente social. Precisa entender o que são direitos e a lei de regulamentação da profissão evidencia esse carater.

Dessa forma, a/o assistente social que trabalha no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) por exemplo, busca a partir de seu trabalho cotidiano, garantir que as pessoas tenham direito a proteção social. Aquele/a que trabalha em um hospital, busca garantir que as pessoas possam acessar o seu direito a saúde, entre outros exemplos.

Vamos lá então. Afinal de contas, o que faz uma/um assistente social? O/A assistente social trabalha para que existam direitos e para que as pessoas possam acessar esses direitos. Em síntese: trabalha para garantir direitos. Como esse/a profissional faz isso? Assunto para outro post. Enquanto isso, dá tempo de dar uma olhada no site do Conselho Federal de Serviço Social pra saber um pouco mais sobre essa profissão.

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