A Trancista

A Trancista

A menininha olha o espelho e sorri. Ela se acha tão engraçada com seu cabelo de duas tranças, uma de cada lado da cabeça. As tranças foram feitas pela mãe e, diferente de tranças que descem escorridas pela cabeça, as dela parecem ter vida própria. Ela pode erguer para cima, pode esticar para o lado. São tranças mágicas mamãe, ela fala sorrindo. Eloana, a menininha, sorri no espelho, sorri para mãe e segue guiada pela mão afetuosa do pai para a escola.

Reconstrução do SUAS: O SUAS que temos e o SUAS que queremos

Reconstrução do SUAS: O SUAS que temos e o SUAS que queremos

Mas, e em relação a mobilização e participação da população? Quem trabalha nos municípios sabe que esse é o grande nó. Como envolver as pessoas que utilizam os serviços da assistência social no processo de conferência?
Temos várias sugestões mas entre elas gostaríamos de destacar a realização de reuniões temáticas nos serviços a partir dos eixos temáticos. Como fazer essas reuniões? Elaborar um texto a partir do Informe 3 do CNAS e das propostas do município em relação àquela temática em conferências anteriores. Junto com as pessoas que utilizam os serviços, empregar a metodologia “Conferindo a Conferência”, ou seja, ver as propostas que foram apresentadas em conferencias anteriores e conferir se elas foram implementadas. Trata-se de uma forma de começar as mobilizações. 

<strong>Bolinho de grão de bico e queijo ou não existe segunda chance</strong>

Bolinho de grão de bico e queijo ou não existe segunda chance

Bate o grão de bico cru no liquidificador com meia xicara de chá de água.  Gosta dessa receita. Inacreditável que não vai farinha, leite, ovos ou fermento. O grão de bico já está molinho depois de 15 horas de molho. Ainda no liquidificador ela acrescenta sal, duas colheres de azeite e 100 gramas de queijo ralado.  Está pronto. Bate bem. Então, tira, mistura cebolinha picada e coloca em forminhas de empada untadas com óleo e farinha.

“Socialflix” e compromisso com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional

“Socialflix” e compromisso com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional

Tais, mas o que isso tem a ver com compromisso com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional, princípio do Código de Ética?
Tem que, independente de como você vai se aprimorar intelectualmente, é fundamental que você o faça, buscando assim ser uma/um profissional cada vez mais competente, prestando um serviço de qualidade à população.
E já que você vai se aprimorar intelectualmente, porque não fazer isso de forma regular e sistemática com a Socialflix?
Espero vocês.

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E INDUSTRIALIZAÇÃO DO PARTO: Contribuições para o Serviço Social na garantia dos direitos humanos das mulheres

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E INDUSTRIALIZAÇÃO DO PARTO: Contribuições para o Serviço Social na garantia dos direitos humanos das mulheres

O texto ora apresentado é resultado de pesquisa bibliográfica e relato de experiência da autora. A pesquisa foi construída a partir do método do materialismo histórico dialético e teve como objetivo geral entender o fenômeno da violência obstétrica como decorrente do processo de industrialização do parto. Os objetivos específicos foram compreender as situações de violência obstétrica, enquanto violações de direitos humanos compreendendo esse conceito e apontar possibilidades para a superação dessa realidade, considerando as contribuições do Serviço Social, quem tem como princípio de seu código de ética, a defesa intransigente dos direitos humanos. A estrutura do artigo conta com duas seções temáticas, além da introdução e conclusões. A primeira seção trata da violência obstétrica a partir da industrialização do parto e traz também o relato de experiência da autora. A segunda seção foca nas estratégias para o Serviço Social. Os resultados apresentados dizem respeito a necessidade de garantir o acesso à informação, de luta por fortalecer e popularizar redes de apoio ao parto humanizado, bem como luta por políticas públicas de pré-natal com foco na mulher e ainda a necessidade de atendimento à mulher vítima de violência obstétrica.
Palavras- chave: violência obstétrica, industrialização do parto, serviço social, direitos humanos

2023 é ano de eleição do Conselho Tutelar. Vamos começar a pensar sobre isso?

2023 é ano de eleição do Conselho Tutelar. Vamos começar a pensar sobre isso?

O primeiro aspecto diz respeito a uma formação equivocada que diz que o Conselho Tutelar pode tudo e não deve satisfação a ninguém. Ora, ora, e quem trabalha sozinho gente? O Conselho Tutelar é sim um órgão permanente, autônomo e não jurisdicional mas isso não significa dizer que ele trabalha isolado, acima de qualquer outro órgão e serviço. E vou dizer uma coisa para vocês: a maioria das informações que existem para conselheiros tutelares na internet trabalha com esse paradigma. Apresentam para as/os Conselheiros uma realidade que não existe em município nenhum, que não é verdade. Vendem uma autonomia que é mentirosa e que só dificulta o trabalho do Conselho Tutelar.

A necessidade de rompimento com a religiosidade e disciplinamento no trabalho social com famílias na política de assistência social

A necessidade de rompimento com a religiosidade e disciplinamento no trabalho social com famílias na política de assistência social

A assistência social no Brasil é uma política pública, proposta na Constituição de 1988, regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) de 1993 e sistematizada através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS, Lei 12.435 de 2011). Contudo, a assistência social como prática de auxílio humanitário tem um histórico anterior no Brasil, ligado a filantropia, caridade e religiosidade. A consolidação da assistência social enquanto política pública é um desafio também histórico, na medida em que existe a necessidade de romper, nos espaços dessa política, com as práticas de cunho caritativo e filantrópico. Tal rompimento é necessário pois, basicamente, as práticas caritativas e filantrópicas estão centradas na pessoa que faz e a assistência enquanto política pública deve estar centrada no direito da pessoa que recebe.

Em busca de mim: a biografia de Viola Davis

Em busca de mim: a biografia de Viola Davis

A biografia de Viola Davis (265 páginas) é um livro bom de se ler. Uma menina pobre, extremamente pobre (miserável é a palavra), que passa por tudo quando é coisa ruim nessa vida e que encontra na arte a possibilidade de construir uma outra trajetória. Mas essa outra trajetória não é mágica, não é da noite para o dia. Ela não é transportada da noite para o dia de uma realidade de casa cheia, pessoas viciadas e cheiro de urina, para o tapete vermelho. Não. Ela vai se construindo. Interessante é que pelo que o livro deixa entender, boa parte da família dela segue na pobreza, já que ela não tem condições de sozinha, ajudar todo mundo.

Quando só ter direitos não resolve

Quando só ter direitos não resolve

Às vezes, só ter direitos não resolve. Uma das situações que me fez pensar nisso foi o caso assombroso do anestesista que abusou da mulher na cesárea dela. E na onda daquela situação, choveram informações sobre a lei do acompanhante. Blogueiras, artistas, militantes, todo mundo divulgando frases com o teor: “Mulher, você sabia que você tem direito a um acompanhante? Mulher, exija seu direito”. E assim por diante. Eu lia essas coisas com uma certa raiva, confesso. Porque de alguma forma, é de novo uma cobrança da vítima. Como se ela não soubesse que tem direito.

Niketche: A dança da vida das mulheres

Niketche: A dança da vida das mulheres

Rami é casada com Tony há 20 anos e tem cinco filhos. Tony é rico. Ela começa a investigar os casos extraconjugais de Tony e descobre que, além dela são outras quatro mulheres: A Ju, a Lu, a Sally e a Mauá Salué. Essas mulheres têm filhos do Tony, são família dele também. Rami sofre e chora, bate nas outras mulheres e apanha delas. No aniversário de 50 anos do Tony, Rami faz uma grande festa e convida todas as 4, oficializando a poligamia. Mesmo que legalmente não seja reconhecida no país e vista como atraso por alguns, o costume permanece. E Rami se aproveita desse costume para expor o marido, diante da sociedade