mulheres negras

Dançar a liberdade…

Dançar a liberdade…

Ficar atrás das cortinas te permite ver o espetáculo acontecer a partir do ângulo dos seres humanos e não só a visão dos artistas/dançarinos/bailarinas. Por detrás das cortinas, o espetáculo vai se construindo. A ida do camarim para o palco, a concentração nas coxias, a emoção de algumas pessoas entrando no palco. Nos quatro dias de espetáculo eu vi de tudo. Pessoas nervosas, cansadas, felizes, empolgadas, radiantes. Eu vi pessoas superando seus traumas, vi pessoas ousando algo novo, vi pessoas se encontrando consigo mesmas. Atrás das cortinas eram só pessoas. Mas então essas pessoas entravam no palco. E era como se de alguma forma, se libertassem.

Entre o patriarcado negro e o feminismo branco burguês: provocações de uma feminista negra trabalhadora

Entre o patriarcado negro e o feminismo branco burguês: provocações de uma feminista negra trabalhadora

Nessa direção nós, mulheres negras, seguimos sem lugar nessas lutas. Vamos focar em classe e perceber que, mesmo quando ascendemos e ampliamos o nosso poder aquisitivo, continuamos submetidas a situações como ser “confundida”? Vamos direcionar todas nossas forças contra o racismo e ver os homens negros avançarem e nós continuarmos nos mesmos lugares e papéis? Vamos nos juntar na luta feminista e ver que para as mulheres brancas a gente continua sendo a empregada que limpa a casa enquanto elas estudam Simone de Beauvoir?